A ambiciosa visão de Elon Musk para o futuro da mobilidade autônoma sofreu um revés no último mês, quando o lançamento do Tesla Cybercab não conseguiu impressionar os investidores, resultando em uma queda significativa nas ações da empresa.

A queda de 5,7% nas ações da Tesla, registrada em 11 de outubro, reflete tanto a frustração em torno do novo conceito de robô-táxi quanto um cenário de mercado mais desafiador. O produto, contudo, não atendeu às expectativas do mercado.

O Tesla Cybercab é um modelo de dois lugares, na cor prata, sem volante ou pedais. Quando entrar em produção, o carro terá a capacidade de operar de forma totalmente autônoma. No entanto, por ora, a tecnologia ainda exige a presença de um condutor humano, pronto para assumir o controle quando necessário.

De acordo com Musk, a produção desse novo produto está prevista para começar até 2027. Ele não forneceu detalhes específicos sobre o local ou a forma de fabricação, mas afirmou que o preço para os consumidores será inferior a US$ 30.000.

Musk também prevê o lançamento dos modelos elétricos Model 3 e Model Y com o sistema FSD (Full Self-Driving) não monitorado no Texas e na Califórnia no próximo ano. Vale destacar que o FSD é o sistema de assistência ao motorista premium da Tesla, atualmente disponível apenas em uma versão monitorada.

Os analistas do Barclays criticaram a apresentação do robô-táxi, destacando a falta de informações detalhadas sobre cronograma de produção, mercados-alvo e estratégia de precificação. Segundo eles, a fala de Musk foi mais uma visão futurista do que um plano de negócios sólido.

A ausência de dados concretos sobre o Cybercab pode ter alimentado a desconfiança dos investidores, que esperavam uma estratégia mais clara para a transição da Tesla à produção em massa de veículos totalmente autônomos.

Assim como em eventos anteriores, Musk optou por destacar a visão mais ampla da Tesla para o futuro dos veículos autônomos, deixando de lado detalhes práticos—uma crítica central dos analistas do Barclays.