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As ações dos EUA dispararam na segunda-feira, com o índice S&P 500 atingindo uma máxima de duas semanas, impulsionado por fortes movimentos nas ações de tecnologia e um sinal de possível alívio tarifário do ex-presidente Donald Trump.
Os investidores voltaram em peso ao setor de tecnologia, que vinha sofrendo pressão. As ações da Nvidia saltaram mais de 3%, enquanto as da Advanced Micro Devices avançaram 7%, proporcionando um impressionante aumento de 3% no índice de semicondutores PHLX. Esse salto foi um dos mais notáveis nas últimas semanas.
A Tesla registrou um ganho de quase 12% em um único dia, seu maior avanço desde o início de novembro. Esse salto impressionante foi um alívio após as recentes quedas. O otimismo dos investidores foi impulsionado por rumores sobre uma possível redução de tarifas sobre os produtos da gigante automobilística, ajudando as ações a voltarem ao território positivo.
Dos 11 setores que compõem o S&P 500, dez encerraram o pregão em alta. O grande destaque do dia foi o setor de consumo discricionário, que subiu 4,07%. A Tesla foi o principal motor desse crescimento, incentivando os compradores a fazerem novos investimentos.
As últimas semanas foram tensas para os mercados: os investidores estavam preocupados com a inflação e a desaceleração econômica. O motivo da apreensão foi o anúncio de Trump sobre novas tarifas direcionadas a parceiros comerciais importantes dos EUA — China, México e Canadá. Essas medidas geraram uma reação em cadeia de incerteza no mercado de ações.
Desde o fundo local em 13 de março, o índice S&P 500 já subiu cerca de 4%. No entanto, ainda está cerca de 6% abaixo dos níveis máximos registrados em 19 de fevereiro. Os investidores continuam acompanhando de perto a agenda global, tentando antecipar os próximos passos da política comercial dos EUA.
Muitas empresas já começaram a considerar os riscos tarifários em suas previsões: devido à incerteza, algumas estão revisando suas expectativas de receita. Segundo dados da LSEG divulgados na sexta-feira, os lucros das empresas do S&P 500 devem crescer 10,5% em 2025, 3,5 pontos percentuais abaixo das expectativas do início do ano.
Os índices acionários dos EUA começaram a semana com um forte impulso. O S&P 500 subiu 1,76%, fechando em 5.767,57 pontos. O Nasdaq, focado em tecnologia, avançou ainda mais, com alta de 2,27%, atingindo 18.188,59 pontos. Até mesmo o conservador Dow Jones registrou ganhos sólidos, subindo 1,42% para 42.583,32 pontos.
O índice Russell 2000, que mede o desempenho de empresas de pequeno porte e reflete o estado da economia doméstica dos EUA, subiu 2,55%, alcançando seu nível mais alto em duas semanas. Esse movimento reforçou a confiança dos investidores de que os negócios locais estão gradualmente se adaptando às novas condições.
O Índice de Volatilidade da CBOE, conhecido em Wall Street como o "barômetro do medo", caiu 1,8 pontos, atingindo seu menor nível no último mês. Isso sugere que os investidores estão se sentindo mais confiantes diante da estabilização das notícias sobre a política tarifária.
O setor de telecomunicações e serviços digitais não ficou de fora da onda de otimismo: seu índice subiu 2,1%, acompanhando a recuperação do mercado de tecnologia.
Novos dados mostram que a atividade empresarial nos EUA começou a crescer em março. No entanto, sob a superfície dos números positivos, persistem tensões: preocupações com as tarifas de importação e possíveis cortes nos gastos governamentais continuam a limitar o entusiasmo do mercado.
As ações da Dun & Bradstreet, fornecedora de análise de dados empresariais, subiram 3% após o anúncio da compra da empresa. O novo proprietário será o grupo de private equity Clearlake Capital, e o negócio está avaliado em US$ 7,7 bilhões. Os investidores interpretaram a notícia como um sinal positivo de que o mercado de fusões e aquisições continua ativo.
As ações da gigante da defesa Lockheed Martin caíram mais de 1% após uma mudança inesperada na análise do BofA Global Research. O banco rebaixou sua recomendação para a empresa de "compra" para "manter", sinalizando um esfriamento do entusiasmo pelo setor de defesa.
Por outro lado, o setor de criptomoedas registrou um rápido crescimento. O Bitcoin subiu 4%, impulsionando ações focadas no mercado cripto. A MicroStrategy disparou 10%, enquanto a Coinbase subiu 7%, aproveitando uma nova onda de interesse em ativos digitais.
Os mercados europeus abriram em alta na terça-feira. O índice regional STOXX 600 subiu 0,3% às 08h15 GMT, refletindo um otimismo cauteloso dos investidores. Os ganhos foram liderados pelos setores bancário e de energia, dois pilares particularmente sensíveis às expectativas econômicas.
Os investidores aguardavam ansiosamente a publicação do índice de clima empresarial do Instituto Ifo, de Munique. A previsão era de uma alta para 86,7 em março, ante 85,2 em fevereiro, sinalizando que a maior economia da Europa pode estar saindo da estagnação rumo a uma recuperação cautelosa.
Os EUA voltaram ao centro da agenda comercial global. Donald Trump afirmou na segunda-feira que nem todas as tarifas anunciadas anteriormente entrarão em vigor em 2 de abril. Além disso, ele admitiu que alguns países poderão ser temporariamente isentos das restrições. Isso causou uma redistribuição acentuada de capital no mercado americano — ações anteriormente enfraquecidas começaram a se recuperar.
Enquanto os mercados americanos reagiram com rotação e crescimento, os europeus permaneceram relativamente calmos. Parece que, desta vez, o Velho Continente adotou uma postura de espera, sem se precipitar em incorporar otimismo aos preços das ações.
Os círculos empresariais estão cada vez mais preocupados com a estratégia comercial de Donald Trump. Especialistas temem que medidas tarifárias agressivas possam desacelerar o crescimento econômico, intensificar tensões globais e acelerar a inflação nos EUA. Essas preocupações afetam tanto os índices acionários quanto a demanda por ativos defensivos.
As ações da maior empresa de logística da Suíça, Kuehne und Nagel, caíram 2,7% após um alerta pessimista. A administração da empresa avisou que o lucro operacional anual pode ficar abaixo das expectativas dos analistas, citando a instabilidade econômica global, que pressiona a demanda e as cadeias de suprimentos.
Por outro lado, a fabricante alemã de lubrificantes Fuchs SE surpreendeu os investidores. Suas ações subiram 5,4% após a divulgação de resultados financeiros acima do esperado, superando o índice STOXX 600. Em meio ao pessimismo geral, esse relatório foi um verdadeiro raio de esperança para a indústria.
O presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que não espera uma redução rápida da inflação. Segundo ele, o corte na taxa de juros do Fed em 2025 será provavelmente mínimo — apenas 0,25 ponto percentual. Esse posicionamento sinaliza uma abordagem extremamente cautelosa do banco central.
O evento-chave da semana continua sendo a publicação do índice de despesas do consumidor (PCE), o principal indicador de inflação para a Reserva Federal. Esses dados, esperados para sexta-feira, podem determinar os próximos passos do banco central dos EUA. Qualquer desvio das expectativas pode afetar seriamente a trajetória da política monetária.
Em março, os fundos especializados em investimentos em mineradoras de ouro estão demonstrando um interesse sem precedentes por parte dos investidores. Espera-se que a entrada líquida de capital neste setor seja a maior dos últimos 12 meses. Esse aumento de interesse se explica pela rápida valorização do ouro, que melhora significativamente as perspectivas financeiras das empresas mineradoras — desde o crescimento dos lucros até o aumento do fluxo de caixa livre.
Os preços do ouro registraram ganhos modestos, impulsionados por uma onda de preocupações com a incerteza da política comercial dos EUA. O aumento dos riscos inflacionários e os temores de uma desaceleração econômica estão levando investidores a buscar refúgio em ativos tradicionais de segurança.
Na manhã de terça-feira, o preço à vista do ouro subiu 0,1%, alcançando US$ 3.015,66 por onça. Os contratos futuros nos EUA seguiram essa tendência, chegando a US$ 3.019,70. Esses números refletem um interesse cauteloso, mas consistente, no metal precioso em meio à instabilidade global.
Em meio à volatilidade dos mercados globais, os investidores não estão apenas comprando barras e contratos futuros — eles estão investindo ativamente em ações de empresas produtoras de metais preciosos. Analistas destacam que o crescimento da lucratividade das mineradoras de ouro pode até superar a valorização do próprio metal, especialmente se os preços elevados se mantiverem no longo prazo.
Não é apenas o ouro que está em alta. Na terça-feira, a prata subiu 0,3%, atingindo US$ 33,10 por onça, sinalizando a continuação de uma forte tendência de demanda por metais industriais com potencial de investimento.
A platina valorizou 0,2%, chegando a US$ 974,65 por onça. O paládio, utilizado especialmente na indústria automotiva, também subiu 0,2%, atingindo US$ 953,53. Embora seu crescimento não seja tão acelerado quanto o do ouro, o interesse nesses metais segue firme devido às expectativas de recuperação da atividade industrial e ao aumento da demanda nos setores de eletrônicos e automóveis.
Com a atual instabilidade geopolítica, riscos comerciais e o aperto da política fiscal em vários países, os metais preciosos continuam sendo um dos poucos portos seguros no cenário financeiro global. O crescente interesse em fundos de mineração de ouro e a valorização da prata, platina e paládio representam, na prática, um voto de cautela dos mercados.
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